Fact-checking ou verificação de fatos, como recurso para recuperar a relevância do jornalismo com a internet.
Com a internet o jornalismo perdeu muito a credibilidade e para recuperar a relevância e confiabilidade na web a aposta é o Fact-checking.
Como prometido no post anterior, no qual falamos sobre a CPI das Fake News e o deepfake, hoje falaremos o oposto, ou seja, checagem dos fatos.
Vamos explicar primeiramente, o que é o fact-checking:
A verificação de fatos ou verificação de dados ou ainda checagem de fatos (também referida pelo termo em inglês fact-checking) em jornalismo refere-se ao trabalho de confirmar e comprovar fatos e dados usados em discursos (sobretudo políticos) nos meios de comunicação e outras publicações. Seu propósito é detectar erros, imprecisões e mentiras. É um caso especial do jornalismo investigativo. (Fonte: Wikipedia)
Fomos pesquisar, pois este é um novo termo para os tempos atuais, pois a verificação de fatos surgiu juntamente com o jornalismo na primeira década do século XXI e sempre emergiram meios que se dedicam exclusivamente à verificação de fatos, sobretudo na Internet.
A primeira experiência de fact-checking foi durante as eleições presidenciais de 1992 nos Estados Unidos e é atribuída a Brooks Jackson. O âncora na rede de televisão CNN, possuía um quadro no qual desmascarava declarações falsas e enganosas dos candidatos. (Será que um programa destes em tempos atuais faria sucesso no Brasil? rs)
Jackson não contente em ser somente âncora, ingressou no Centro de Políticas Públicas da Universidade da Pennsylvania, em 2003 e fundou o projeto FactCheck.org para monitorar a precisão do que é dito pelos principais políticos dos Estados Unidos em debates, discursos, entrevistas, propagandas de e comunicados de imprensa.
Quatro anos depois, já em 2007, surgiram outras duas iniciativas: o site PolitiFact e a seção Washington Post’s Fact Checker, ligada ao jornal The Washington Post.
Dois anos depois, já em 2009, o PolitiFact ganhou o prêmio Pulitzer. Este prêmio é a principal premiação jornalística dos Estados Unidos, e o mesmo foi selecionado pela cobertura das eleições presidenciais em 2008.
Estas iniciativas foram as principais e pioneira no segmento, porém, com a internet, muitas outras inspiradas nestas experiências crescem a cada ano e hoje já contam até mesmo com uma rede internacional de colaboração, a International Fact-Checking Network — IFCN, ligada ao Poynter Institute, com sede na Flórida.
A Poynter Institute dispõe de um código de princípios, realiza uma conferência global anual e até instituiu o Dia Internacional do Fact-checking: 2 de abril, um dia depois do Dia da Mentira, ou seja, no dia 1 de abril, é contada a mentira e no dia seguinte a checagem dos fatos.
Em 2017, um levantamento publicado pelo Dukes Reporters’ Lab, já chega a 114 o número de iniciativas de fact-checking ao redor do mundo, sendo 43 somente nos Estados Unidos, portanto, a maior concentração e com seus representantes, quase sendo filiais em mais 5 continentes, ou seja, bem diferente dos resultados de 2014, sendo que com o primeiro levantamento somente 44 iniciativas existiam ao redor do mundo.
Aqui no Brasil a primeira agência especializada em fact-checking, é agência Lupa, fundada em novembro de 2015 a Lupa acompanha o noticiário de política, economia, cidade, cultura, educação, saúde e relações internacionais, tentando minimizar as falsas notícias, divulgando os dados corretos, portanto, checando os fatos e a sua receita vem através da venda das informações verídicas para outros veículos de comunicação e também publicado no próprio site da agência.
As checagens podem ser em formato de texto, áudio e vídeo, pois existem peritos que identificam através de mecanismos quando algo é realmente fake ou real, em qual dispositivo foi gravado, qual a origem, entre outros dados cujo somente um especialista com equipamentos corretos, consegue analisar.
Beijos fiquem com Deus e até a próxima postagem!
Cíntia Lino
CEO Porto Publicidade
Marketing Digital e E-commerce
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